Aleluia Jesus Ressuscitou!
Caros Theófilos, hoje toda a Igreja repete, canta e clama: “Jesus ressuscitou!”. De nossos lares, em unidade e comunhão, cremos que vencida a morte, segue a vida que não finda.
Em meio a tantos horrores, medo, dor e sofrimento, fizemos nossa caminhada e é nossa vez de hoje, testemunhar por nossa fé, o que Pedro, João e as mulheres testemunharam. Ele já não estava lá, o sepulcro não o reteve.
Como o Anjo no primeiro kerigma anunciou quando lhes disse: “Não está aqui, ressuscitou!”. Foi o primeiro anúncio: “Ressuscitou!”.
Talvez esta cena é tão palpável agora, como foi naquele dia santo. Igreja não cessa de dizer aos nossos corações fechados e temerosos: “Parem, o Senhor ressuscitou”. Mas se o Senhor ressuscitou, como existem essas situações? As doenças ? A pandemia?
Contudo meus nobres, esta não é e nunca foi a maior doença ou dor da humanidade, a ela, se somam outras doenças tão fatais quanto e, que estão a matar a tanto tempo.
Doenças da alma humana tais como tráfico de pessoas, guerras Genocidas e fratricidas: do tráfico de drogas, do trânsito violento, da indiferença, da destruição e da mutilação de valores, da vingança, do ódio e do maior mal que o homem já enfrentou, a indiferença para com Deus, para consigo e para com humanidade toda.
Tanta dor e sofrimento que não temos respostas convincentes a não ser, humildemente dizer em contrição: “Não há explicações para o que acontece. Como não há para o evento da cruz, que meditamos no tríduo que vivemos quando olhamos para Jesus na Cruz.
Não temos explicação para a pergunta: Por que Ele morreu? E esta resposta só é clara, para quem acorda cedo e vai ao sepulcro. Só é acessível a quem dá crédito ao inacreditável. Só é tangível à quem corre para olhar para dentro do sepulcro e vê-lo vazio. Só é acessível para quem busca onde o colocaram, sentindo falta e sua presença é valiosa.
Somente estes ouvirão o céu enviar uma mensagem angélica inédita: “Ele não está aqui, Ressuscitou!”.
Nesta cultura do descartável, na qual o que não serve é usado e jogado fora, o que não serve é descartado. Poucos sentem falta do que perdem.
Mas Jesus, aquela pedra angular não era descartável para os seus discípulos, pois eles experimentaram a carência de não tê-lo e dizer: “A quem iremos Senhor só tu tens palavras de vida eterna”.
Jesus não é descartável é fonte de vida. E também nós, muitas vezes em meio a tantos males nos sentimos, aos olhos dos poderosos do mundo, como pedrinhas pelo chão, números estatísticos, nesta terra de dor e de tragédias.
Contudo para aquele que está ressuscitado, ganhamos um sentido no meio de tanta calamidade. O sentido de olhar para além, o sentido de dizer: “Olha não há muros, mas horizontes, há vida, há alegria.
Olhemos para a frente, não nos fechemos. Somos pedrinha, temos um sentido na vida, somos como as pedrinhas de um mosaico gigantesco. Somos as pedrinhas junto daquela pedra, a pedra que a malvadez do pecado descartou, mas que a cada um de nós faz falta.
Como a Igreja pode hoje sobreviver diante de tantas tragédias? É simplesmente com Cristo, a pedra descartada. Mas as pedrinhas que acreditam e se apegam àquela pedra, não são descartadas, ganham um sentido e com este sentimento, a Igreja repete do fundo do coração: “Cristo ressuscitou!”.
Permaneçamos firmes em vossas casas, fiquemos unidos aos nossos anciões, aos nossos filhos, aos nossos irmãos, aos vossos pais, “Num Só coração, numa só alma, unidos em amor a Deus.”
Que a sexta das dores pelas quais passamos, nos deem força para superar os simbolismos vazios, as celebrações artificiais e fúteis, e dar valor ao que de fato tem valor.
Hoje estamos no lugar no tempo e no espaço onde ao lado dos que nos são mais valiosos, olhamos para dentro de nós e sentimos Cristo vivo dentro de nós.
Vivo em nossos sentimentos, em nossos valores, em nossos projetos futuros. Vivo em cada pedrinha que somos, pois, ressuscitamos com ele, e recobramos a consciência de que não somos números, mas, fazemos falta, temos o nosso lugar nos corações deles. Passamos de pedrinhas a joias valiosas.
E pedrinhas que somos, unidos a pedra angular que é Jesus, nos tornamos tesouro e estamos prontos para anunciar o kerigma repetindo com a força do coração: Aleluia! Aleluia! “Cristo ressuscitou!”.
De toda a grande família Theòs os nossos votos de Feliz e Santa Páscoa!