Você já ouviu falar em Real Digital? A pouco tempo saiu nas mídias diversas notícias sobre alguns testes que o Banco Central do Brasil estaria fazendo para implementar uma moeda digital totalmente nova. Essa informação causou um certo burburinho na população e muitas especulações. No entanto, é uma informação verídica.
A fase inicial do projeto do Real Digital começou em 2022. E para ajudar a compreender o Real Digital e o que isso implica na vida da igreja, preparamos este conteúdo. Leia até o fim!
Real Digital, o que é?
O Real Digital é uma moeda virtual brasileira criada pelo Banco Central e que tem previsão de lançamento para o público no fim de 2024.
Trata-se de uma moeda alternativa, mas que possui o mesmo valor do dinheiro tradicional a que os brasileiros estão acostumados. Contudo, o Real Digital não poderá ser convertido em cédulas, e a intenção do governo é que ele faça parte do cotidiano dos brasileiros, podendo ser usado para fazer pagamentos, compras, investimentos e transações.
A iniciativa de digitalização da economia não é uma exclusividade do Brasil. Segundo informações do Banco de Compensações Internacionais (BIS), mais de 80% dos bancos centrais, em todo o mundo, estão desenvolvendo suas moedas digitais.
Bahamas foi o primeiro país a lançar seu dinheiro digital, em outubro de 2020. E países como a China, Japão e Estados Unidos também já estão bem à frente neste assunto. E a Nigéria é o maior país do mundo a ter concluído esse processo, segundo o Atlantic Council.
O Real Digital é uma criptomoeda?
Não, o Real Digital não é uma criptomoeda. As criptomoedas não são reguladas pelo Banco Central e têm apenas características de investimento. A sua regulamentação ainda vem sendo estudada, a fim de tentar fiscalizar e dar segurança jurídica a esses ativos.
Já o Real Digital será emitido pelo Banco Central e chegará até a população por meio dos bancos, instituições financeiras e demais participantes dos atuais sistemas de pagamentos.
Como principal vantagem do Real Digital, o Banco Central aponta que ele poderá ser utilizado em qualquer lugar do mundo sem a necessidade de conversão por meio dos bancos.
Além disso, com o Real Digital será reduzida a emissão do papel-moeda, o que deve inibir a prática ilegal de lavagem de dinheiro e estimular a inovação e a concorrência no ambiente virtual.
Para que serve o Real Digital?
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, numa entrevista à revista Exame, destacou que a entidade está trabalhando na fase piloto da moeda digital e que “os bancos estão entusiasmados com o projeto”.
Campos Neto ainda reforçou que o objetivo é que a versão digitalizada do real seja mais do que um meio de pagamento, como é o caso do Pix.
Rodrigo Henriques, diretor de Inovação da Fenasbac, vê o Real Digital como a “terceira peça” da modernização do sistema financeiro brasileiro. Um processo que ele recorda que começou com o Pix na área de pagamentos instantâneos e prosseguiu com o Open Finance, uma forma de padronizar os dados para compartilhamento entre instituições financeiras. Agora, segundo ele, o Real Digital tem como foco uma área ausente nas anteriores: a programabilidade.
Logo, a programabilidade permite operações financeiras, em especial as realizadas por grandes agentes do mercado e envolvendo montantes maiores de dinheiro. Isso vai muito além de agendar pagamento de contas, como muitos bancos já permitem. Uma das possibilidades é garantir a correta destinação de benefícios sociais, por exemplo, e a de criar um crédito digital com um prazo certo para ser utilizado antes de expirar.
O que o Real Digital inspira na vida da Igreja?
É certo que essas ferramentas de tecnologia como o Real Digital e o Pix facilitam os meios de pagamento e recebimento. Mas você sabia que existe uma ferramenta de pagamento exclusivamente desenvolvida para a Igreja?
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